quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Você conhece a URE?

São José dos Campos busca novas alternativas na recuperação de energia.


 
A cidade de São José dos Campos já é referência nacional no tratamento de resíduos sólidos, com um trabalho de educação para o consumo focado em "Reduzir, Reutilizar e Reciclar". O aterro da cidade ainda conta com um centro de triagem de lixo da coleta seletiva, que processa 50 toneladas por dia e separa mais de 24 itens, como, por exemplo, vidro, plástico,metal e papelão.

 


Mesmo assim, com todo este trabalho, que vem apresentando ótimos resultados, a prefeitura procura novas alternativas pois não é todo o lixo que pode ser reciclado. Se o volume de resíduos continuar neste nível, ou pior, aumentar mais, a previsão é que a vida útil do aterro se esgote antes 12 anos previstos. É por isto que a cidade se antecipou em busca de soluções sustentáveis, já que no município não existem outras áreas para a construção de novos aterros. 

Um ponto importante é que a Usina de Recuperação Energética será desenvolvida a partir de uma parceria público-privada, o que significa que o município não vai ter novos gastos diretos.

A cidade só tem a ganhar, já que a cada ano de operação da usina será gerada energia equivalente, por exemplo, ao necessário para abastecer a iluminação pública da cidade por dois anos.

Além disso, o objetivo é mudar o conceito no traramento de resíduos sólidos, aumentar ainda mais o índice de reciclagem e reduzir a emissão da poluição produzida pelo aterro atual. 


clique aqui para saber mais sobre o projeto URE


Fonte: www.sjc.sp.gov.br 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Belo Monte

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma central hidrelétrica que está sendo construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
Sua potência instalada será de 11.233 MW; mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW (39,5 TWh por ano) em média ao longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional (388 TWh em 2009). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW); e será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.
O lago da usina terá uma área de 516 km² (1/10.000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,115 km² por MW efetivo. Seu custo está estimado em R$ 26 bilhões pela concessionária, ou seja R$ 4,3 milhões por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia com lance de R$ 77,00 por MWh. O contrato de concessão foi assinado em 26 de agosto do mesmo ano e o de obras civis em 18 de fevereiro de 2011. A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2015.
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais e de algumas comunidades indígenas locais. Essa pressão levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.

Vista artificial da barragem.

O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada a 40 km abaixo da cidade de Altamira, no Sítio Pimental, formando o Reservatório do Xingu. A partir deste reservatório, parte da água será desviada por um canal de derivação de 20 km de comprimento para um Reservatório Intermediário, localizado a aproximadamente 50 km de Altamira na região cercada pela Grande Volta do Xingu. (O projeto originalmente previa dois canais de derivação, mas foi alterado para um canal apenas em 2009.) Este reservatório será criado fechando os escoadouros da região por 27 diques menores. A área total dos reservatórios será de 516 km², dividida entre os municípios de Vitória do Xingu (248 km²), Brasil Novo (0,5 km²) e Altamira (267 km²). A área a ser alagada é apenas parte desse total, pois este inclui a calha atual do Rio Xingu.
O vertedouro principal ficará na barragem do sítio Pimental; terá 20 comportas de 20 m × 22,3 m, com vazão máxima total de 62.000 m³/s. Nesse local está prevista também uma escada para peixes para permitir a piracema. (O projeto original previa um vertedouro complementar no Sítio Bela Vista, entre o Reservatório Intermediário e o Xingu, que foi eliminado em 2009.)


Vista do Rio Xingu
A usina terá duas casas de força. A casa de força principal será construída no Sítio Belo Monte, pouco a montante da vila de mesmo nome. 
Ela terá 11 turbinas hidráulicas tipo Francis com potência instalada total de 11 mil MW e vazão total de 13.950 m³/s. Embora a barragem principal tenha apenas 35 m de altura, o declive natural do rio no trecho de vazão reduzida faz com que a queda líquida (o desnível total da água entre os reservatórios e a saída das turbinas) seja de 87 m.



A casa de força complementar será construída junto à barragem principal, e terá seis turbinas de tipo bulbo com potência total instalada de 233,1 MW, queda líquida de 11,4 m e vazão total turbinada de 2268 m³/s.
O trecho de cerca de 100 km do Rio Xingu entre o Reservatório do Xingu e a casa de força principal terá a vazão reduzida em decorrência do desvio pelo canal. Foi estabelecido um hidrograma para a operação da barragem que garante para este trecho de vazão reduzida um nível mínimo da água, variável ao longo do ano, a fim de assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática.