Não basta usar as últimas tecnologias para buscar as várias certificações
para construções sustentáveis, é preciso levar em conta a complexidade
crescente dos novos sistemas que envolvem o público consumidor, os
fornecedores e a gestão de resíduos. Este o foi o tom do debate sobre
Construções Sustentáveis durante o 1º Congresso da Associação Brasileira
de profissionais de Sustentabilidade.
Para Sasquia Hizuro Obata, coordenadora da pós-graduação de
construções sustentáveis da FAAP-SP, é a necessidade de encarar todo o
processo como sistemas complexos que necessitam de constante
monitoramento. Ele explica que isso requer não só treinar os
funcionários, mas também envolver os moradores na manutenção dos ganhos
de eficiência por meio de monitoramento constante.
Já Vivian Blaso, consultora da área e também professora da FAAP, a
comunicação das empresas precisa antecipara as demandas e questionamento
dos consumidores, que hoje têm meios de cobrar das empresas diretamente
por meio das redes sociais.
Francisco Biazini, da empresa Rede Resíduos, a gestão dos resíduos se dá por meio de dois caminhos. O primeiro é perceber o valor dos resíduos e o segundo é a criação de rede que gere valor nesta cadeia.
Francisco Biazini, da empresa Rede Resíduos, a gestão dos resíduos se dá por meio de dois caminhos. O primeiro é perceber o valor dos resíduos e o segundo é a criação de rede que gere valor nesta cadeia.
Biazini alertou que as empresas vão ter que cada vez mais se adaptar a
legislações cada vez mais restritivas nesta área e portanto a busca por
uma lógica econômica é essencial.
“Uma construtora em São Paulo gasta cerca de R$3 milhões por ano com
obras média, destes entre 20% a 30% são materiais recicláveis que são
enterrados”, exemplificou.
Sasquia concluiu que no final é precisa criar um mercado sustentável pelo qual tudo acaba tendo valor, inclusive a mão de obra especializada.
“Estamos vivendo hoje um mercado de sustentabilidade, a ideia é que isto
se unifique e se normatize e vire uma mercado sustentável”, explicou.
“Hoje se compra uma certificação, la fora, a tendência é que a
certificação seja um pré-requisito da obra”.
Fonte: revistasustentabilidade.com.br
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